Estoque de vacina contra H1N1 acaba em clínicas do Alto Tietê
Procura pela vacina cresceu em clínicas particulares após mortes no Estado.
Alto Tietê tem 21 casos suspeitos.
Desde que a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo cogitava antecipar a distribuição da vacinação contra a gripe, a procura em clínicas particulares, começou a aumentar. Agora que a antecipação é fato, em alguns locais onde era possível pagar pela imunização, o estoque acabou. Até farmácias já têm reflexos dessa preocupação com a gripe que matou 38 pessoas no Estado de São Paulo só neste ano.
Em todo o Alto Tietê, não há casos confirmados, mas há 21 casos suspeitos de gripe H1N1 em 2016. Só em Mogi das Cruzes são nove casos suspeitos. Ferraz de Vasconcelos aguarda a confirmação de sete suspeitas e quatro pacientes de Poá esperam o resultado dos exames também. Suzano registrou apenas um caso suspeito.
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A procura por álcool gel aumentou neste mês e o antiviral tamiflu, usado no tratamento para os casos de H1N1, não se vê mais nas prateleiras. “Tivemos alguns casos com receituário, ou seja, já tinha sido feito o diagnóstico de gripe, mas não tem o remédio nas prateleiras. Por enquanto não há previsão para a chegada do Tamiflu”, disse Luciani Delbone, gerente de farmácia.
Nas prefeituras do Alto Tietê, por enquanto nenhuma confirmação de casos. No estado, até 22 de março foram notificados 260 casos e 38 mortes relacionadas ao vírus H1N1, dez a mais do que em todo o ano de 2015, quando foram registradas 28 mortes.
Por isso, a Secretaria Estadual da Saúde vai antecipar para a próxima semana a vacinação aos profissionais de saúde de hospitais públicos e privados da Capital e da Região Metropolitana. Idosos gestantes e crianças maiores de 6 meses e menores de 5 anos também terão a vacinação a partir do dia 11, antes da campanha nacional, prevista pra começar no dia 30.
Em uma clínica particular de Mogi das Cruzes, desde que o governo estadual anunciou o aumento de casos de gripe causados pelo vírus H1N1, a procura pela vacina aumentou tanto que já não há mais doses pras crianças. “Ao primeiro sinal de sintoma os pais já correm para fazer a vacinação, por causa desse alerta nacional que foi dado. No momento, a vacina não está disponível porque muita gente decidiu vacinar ao mesmo tempo. Não vai faltar vacina, só houve esse desencontro”, informou o pediatra Henrique Naufel.
A procura é o sinal da preocupação das famílias. Com o H1N1 circulando e o filho doente, o mecânico de manutenção Rindal Barbosa da Silva fica preocupado. “A gente traz no médico, pergunta quais são os procedimentos, verifica quais as medidas tem que tomar e torce para não ser nada grave”, disse.
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