sexta-feira, 15 de julho de 2016

A SAGA DAQUELE GATINHO MALVADO


A SAGA DAQUELE GATINHO MALVADO
                                                                          Parte 1
-Onde você vai gatinho?
-Vou ali procurar uma cama ou um ninho.
-Porquê taão apressado assim?
-Alguém o persegue?
-Não posso olhar para trás na velocidade que estou, pois pode me causar um torcicolo ou uma ruptura em nervos diversos do tronco ou pescoço entende?
-Sim, mas é que você me parece assustado, porquê não para um pouco para um expresso descanso?
Ele olha para o lado em milésimos de segundos e depois ajeita novamente o olhar fixamente para frente como alguém que busca algo muito além dali...
... De súbito indaga
- Afinal porquê está correndo comigo?
Se quando tropecei e cai lá atrás me vi sozinho, fraco e sem apoio?
-Óh!, Perdão gatinho, mas o vi somente agora entende?
-Não consigo entender como você a simplicidade de como fala, parece acreditar ser normal abandonar alguém nos momentos de aflição e necessidade total é isso o que pensa ser natural do ser humano?

 Ela gira a cabeça para o lado oposto de seu interrogador e fixa seu olhar em um vazio interminável.
-Quando percebe vê desapontada que aquele gato já ia longe na pausa que deu em sua reflexão e novamente inicia a corrida na intenção de acompanha-lo...
...Quase sem fôlego o alcança e novamente o interpela, -Porquê me deixou lá atrás?
-Não a conheço tampouco a deixei em algum lugar, ora bolas nem nos conhecemos porquê tantas perguntas?
-Você é sempre tosco e arrogante assim com as pessoas que se aproximam a fim de fazer nova amizade?
 Ele aperta os olhos quase que fechando-os e suspira como fazemos quando estamos esfriando o sangue das veias naquela contagem de um a dez e diz:
-Na verdade não sou arrogante nem tosco, apenas franco, disse-lhe que estou correndo sozinho e pronto.
-Mas porquê tão apressado, assim não poderá perceber o que se passa a sua volta e perderá o motivo da vida.
 Ele frea bruscamente e a encara com fisionomia de ódio...
... Ela ri sarcasticamente e mordiscando um dos cantos de seus lábios o espera falar.
-Acredita mesmo que não percebo tudo o que se passa em minha volta enquanto estou correndo?
-Sim é isso!
-Não me subestime, pois corro exatamente por ter percebido tudo isso que me diz desconhecer.
_E novamente sai acelerado enquanto que ela segue atrás...

Continua...

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